(Fotos:Célia Leal)
A ancestralidade
africana, beleza e força dos orixás e suas influências na cultura popular foram
celebrados no espetáculo ‘Auto dos Orixás’ – todas as vidas são originalmente
uma só vida, realizado na Praça do Ponto de Cem Réis, em João Pessoa, na noite
do último domingo(20), dia da Consciência Negra. O evento foi realizado pelo Ateliê
Multicultural Elioenai Gomes e Grupo Raízes, em sua programação do Mês da
Consciência Negra.
Com direção do artista
visual paraibano Elioenai Gomes, o roteiro teve como foco o processo de
humanização em contraponto à todos os tipos de intolerância e preconceito
impregnados na memória povo brasileiro. Por outro lado, propôs a integração dos
grupos de cultura popular de matriz africana e indígena como caminho de
fortalecimento e resistência.
A dança dos Orixás,
coreografada pela bailarina Dadá Santana, foi apresentada em torno da sabedoria
ancestral, representada por uma contadora de estórias(educadora), que conduziu
crianças à uma outra leitura sobre a África e suas influências na cultura popular brasileira.
O figurino foi concebido coletivamente pelo
Grupo Raízes com base nas cores, símbolos e elementos de cada divindade e
norteado pelo Projeto Reciclos, do Ateliê Multicultural, que propõe uma melhor
qualidade de vida, através da redução do consumo, reutilização e
reciclagem.
O Auto dos Orixás
contou com a presença de mais cem artistas da cultura popular paraibana, entre
grupos, bailarinos e interpretes. Participaram o Coral Voz Ativa, Grupo
Baticumlata, Tribo indígena Pele Vermelha, Tambores do Forte, Urso Amigo
Batucada, Clube do Samba de Mesa, Circulo dos Tambores, Evelyne Vilhete, Tutu
Carvalho, Gel Carvalho, Débora Vieira, Andila Nahusi, Danylo Aguiar, Laíla
Alana, Severino Ramos e os grupos de capoeira Orum Aiyê, Escola Mukambu e
Capoeira Angola Palmares entre outros.
As comemorações do Mês
da Consciência Negra continuam do Ateliê Multicultural no próximo dia 26, com o
Projeto Casa de Bamba - celebrando o
Afro samba. Encerrando no dia 30
a abertura da Exposição ‘Talhado na Memória’, do
fotógrafo paraibano Gustavo Moura, que há vinte e cinco anos registrou o
Quilombo da Serra do Talhado, no município de Santa Luzia, no interior da
Paraíba.
O Ateliê Multicultural
fica na Ladeira da Borborema no Bairro do Varadouro, Centro Histórico da
capital paraibana. O registro fotográfico do Auto dos Orixás e outras informações
podem ser obtidas através do site www.ateliemulticultural.com.br
ou pelo telefone 87309629.(Por Antonia Souza)
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