domingo, 4 de dezembro de 2011

FESTA DA MÚSICA PARAIBANA



Paulo Ró: Cantus Popularis

 

Em “Cantus Popularis”, Paulo Ró expressa uma profunda pesquisa nas raízes populares da cultura nordestina, trazendo cocos de roda, cirandas, a mazurca, os congos e lapinhas. A partir de um olhar próprio, Paulo recria o vasto universo da cultura popular, modificando, reelaborando, fragmentando, adicionando, misturando e distorcendo suas mais fortes referências, como as Cambindas Brilhantes de Lucena, entre outros grupos e mestres populares. A pesquisa-vivência de Paulo Ró lhe confere certa intimidade com o universo popular, dando-lhe tanto abertura para recriar e registrar suas impressões, quanto a responsabilidade de fortalecer e difundir as autênticas raízes da cultura musical brasileira.
O trabalho mostra de forma contemporânea e original a nobre e singela poesia, o colorido descritivo e cativante da música que o povo simples brinca, demonstrando o prazer, a versatilidade e a riqueza composicional, revitalizando a música tradicional em todas as suas instâncias, trazendo para o convívio do público de hoje a música que é passada de pai para filho, num processo histórico de resistência cultural.


http://www.youtube.com/watch?v=T_6MN9LUq64





Naldinho Braga: Todos do Mesmo Lado

Depois de doze anos na formação da Banda Tocaia da Paraíba, grupo que ajudou a fundar, Naldinho Braga ressurge com um novo trabalho. Com a banda CARRO DE LATA, cuja formação conta com ele próprio no contra baixo, Regina Limeira no vocal, Rudá Barreto na guitarra, Hugo Limeira no violão, Fabiano Lira na bateria e Izza Ribeiro no back vocals, o compositor cajazeirense apresenta o show Todos do mesmo lado! Um trabalho, arrancado do infinito e lapidado num mergulho sobre as raízes da música nordestina. Um inteiro e suas partes - todas no devido lugar. Aqui se concentra, ainda, o resultado de uma memória própria da existência. Tudo numa imensa convulsão de ritmos musicais e poéticos. Podemos conceituar este trabalho numa palavra: cumplicidade. Das experimentações que passeiam do blues à ciranda, resulta um encantamento de artistas amigos que cantam orientados pela ebulição do espírito criador de Naldinho. Ele traz à luz dos tempos uma produção maiúscula. Coisa de artista antenado com seu tempo e com sua circunstância. 
Um trabalho que reúne distâncias enormes num único espaço. Um deleite de cheiros da melhor raiz cultural do Nordeste. Uma obra que aguça os maracás da alma de quem sente. Nesse trabalho, cada canção tem sua própria e intransferível verdade, resultado de uma longa e delicada colheita. Sobretudo, produto de uma extenuante e prazerosa busca. Mas, acima de tudo, como diz o poeta Lau Siqueira, podemos dizer que o trabalho de Naldinho é um excelente livro. Afinal, é música para infinitas leituras. 

http://www.youtube.com/watch?v=5KS1_BCTT38

TREM DAS ONZE

O grupo é fruto dos encontros festivos de Chico Limeira, Regina Limeira, Paulinho Tazz, Tibério Limeira e Kayo Oliveira, e nasceu no intuito de oferecer aos dispostos ouvidos da capital pessoense o samba em seu estado de conservação, lembrando os bambas de outrora e levando ao público novos sambas, conseqüência da paixão dos novos.
Noel, Cartola, Chico Buarque e Geraldo Pereira sobem ao palco junto com o grupo como divinos reverenciados e transformam as belas canções de outras décadas em referência para as novas canções do Trem das Onze. O grupo está em processo de produção do primeiro registro, que deve ser lançado ainda esse ano.


http://www.youtube.com/watch?v=rRbGGYeZlT8 (Chico Limeira)

ORQUESTRA DE TAMBORES DE ALAGOAS


A Orquestra de Tambores de Alagoas é uma sintonia de ritmos, cores, timbres e sentimentos. Através de uma intensa pesquisa das raízes rítmicas afro-brasileiras e das manifestações folclóricas, o grupo apresenta um verdadeiro resgate de valores da cultura do nordeste do Brasil, integrado a fragmentos da música contemporânea e efeitos sonoros eletrônicos e experimentais. Desde 1989, o músico, artesão e coordenador da orquestra, Wilson Santos, vem pesquisando os ritmos afro-brasileiros. Porém, nos últimos sete anos, passou a direcionar suas pesquisas para a influência destes ritmos nas manifestações folclóricas nordestinas. Dentro desse contexto surgiu a Orquestra de Tambores de Alagoas, em novembro de 2004, a partir da união de percussionistas experientes e alunos das oficinas de percussão e confecção de instrumentos ministradas por Wilson Santos. Os instrumentos utilizados nas apresentações são confeccionados artesanalmente pelos próprios integrantes do grupo. Além do resgate cultural, da pesquisa rítmica e da musicalidade, o grupo tem formado multiplicadores do processo de ensino das técnicas percussivas e da confecção de instrumentos artesanais em Alagoas o que por sua vez vem possibilitando a criação de novos grupos de percussão baseados nos ritmos brasileiros. Em 2010 foi contemplada com o Selo Cultura Viva pelo Ministério da Cultura, desenvolve atividades em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas e atualmente, e já foi selecionada duas vezes no Programa BNB de Cultura.(Releases)

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