terça-feira, 26 de abril de 2011

UMA FESTA DEDICADA AO VINIL

(Foto:somaletra.blogspot.com)

Uma iniciativa que teve como objetivo o resgate da memória. Foi assim que o professor Rômulo Gondim resolveu fazer uma festa dedicada ao vinil. Desde o ano de 2007 que essa iniciativa vem ganhando forma e adeptos e assim a raridade vai saindo do seu baú remetendo a momentos inesquecíveis e a interpretações e arranjos únicos, raros, maravilhosos. A festa vira um presente para quem comparece.

Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Nelson Gonçalves, Mariza Monte, Cartola, Paulinho da Viola, João Bosco, Mutantes e tantos outros com interpretações inusitadas faziam parte do arsenal de vinis. O DJ contratado dava sua “pegada” arranhada com um toque de modernidade sobre as famosas “bolachas sonoras”.

A Festa do Vinil não tem um dia dedicado a ele. Segundo Rômulo, pode ser qualquer fim de semana, feriado, desde que consiga reunir um seleto grupo partidário dos inesquecíveis LPs. Haviam convidados que não viveu o auge do vinil e estavam tendo a oportunidade de conhecer e curtir a excelente Música Brasileira.

No último sábado, 23, o dia foi dedicado a São Jorge mas quem reinou absoluto na residência do professor, em Carapibus, foi o vinil. Rômulo tirou do baú raridades e expôs seu bom gosto musical. Da Praça Lady Di, construída num cantinho do seu terreno para expressar o amor incondicional a sua mãe, Dione, convidados ocupavam bancos para papear em pequenos grupos e se deleitarem a sonoridade local.

Tudo estava muito bem organizado, distribuído, acomodado. Amigos levaram outras opções em vinil enriquecendo o som da festa que contou com a trégua das chuvas e fez a lua, tímida, sair iluminada dando o ar da sua graça. A título de curiosidade vale lembrar que o vinil, conhecido também por LP, significa Long Play e surgiu em 1948. A partir do final da década de 80 e início da década de 90, a invenção dos compact discs (CD) prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil ficarem obsoletos e desaparecerem quase por completo no fim do Século XX.

No Brasil, artistas que pertencem a grandes gravadoras, gravaram suas músicas em LP até 1997, e aos poucos, o bom e velho vinil saía das prateleiras do varejo fonográfico. O vinil é feito de material plástico, delicado, que acumula áudio. São mais leves, maleáveis e resistentes a choques, quedas e manuseio. Segundo a enciclopédia livre- Wikipédia- alguns audiófilos ainda preferem o vinil, dizendo ser um meio de armazenamento mais fiel que o CD. Vida longa ao vinil, que continua impecável, do ponto de vista da sua qualidade sonora.

Um comentário:

  1. Celinha, obrigado pelo belo texto dedido à Festa do Vinil e portanto também à Memória. Também gostei muito do sábado de Aleluia e recebê-los em minha casa foi motivo de muita alegria e prazer. Que venha então a próxima Festa e que o Vinil continue encantando e embalando nossos sonhos e expressando a boa música popular brasileira. Abraço forte e saudações educacionais.

    ResponderExcluir